O tempo cura tudo?

O TEMPO REALMENTE CURA TUDO?

Para quem nunca passou por nenhuma situação tragicamente marcante ou algum trauma essa resposta pode ser facilmente respondida, mas e que já sofreu na pele por situações difíceis e inimagináveis responderia a mesma coisa? Acho que não. Por exemplo como pensariam as vítimas do médico Roger Abdelmassih, condenado pelo estupro de 56 pacientes, e as do médium João de Deus (mais de 300 denúncias) –ou ainda esse último caso que chocou o Brasil do médico anestesista que estuprou uma paciente enquanto essa dava à luz? Esses entre muitos são casos de repercussão nacional, mas e aqueles casos que não foram noticiados, que se mantém longe da mídia? E as vítimas como se sentem?

De acordo com especialistas, as consequências psíquicas vão além daquelas causadas pelo fato em si. As vítimas acabam tornando-se vulneráveis também a outros tipos de violência, manifestando transtornos sexuais, estresse pós-traumático, depressão e até risco de suicídio. Medo da morte, solidão, vergonha, culpa, ansiedade, isolamento social, além de baixa autoestima, são alguns dos sentimentos mais descritos por quem viveu a experiência do abuso.

Entre 2011 e 2017, o Brasil teve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Apesar do crescimento, conforme a pasta, apenas entre 10% e 20% dos casos são notificados. Isso só nos mostra como o abuso sexual não deixa marcas apenas na saúde física e social, as vítimas serão sempre vítimas e o TEMPO implacável para alguns, é aquele que dizem que cura tudo e a todos será?

O TEMPO NÃO CURA, O TEMPO AMENIZA

Essa para alguns é a triste realidade de que o tempo outrora aquele que resolvia tudo, não resolve, pelo menos não acaba com o problema, mas calma ele não é de todo o mal, pois se ele não acaba como os problemas ele os ameniza como?

O que o tempo faz por nós é tirar o problema de foco, pelo simples fato de nos apresentar novos desafios que acabam se tornando mais urgentes e relevantes. O tempo nos distrai, mas não cura nossas memórias de dor.

Quem nos cura é o nosso movimento. É a nossa disposição para desvendar qual é a transformação sugerida por trás de cada dor, é o aprendizado que essa dor te dá. E o tempo nesse sentido pode ser uma valiosa ajuda, pois no calor dos acontecimentos, nossas emoções podem nos deixar cegos, e isso, além de bagunçar nossas percepções, contamina nossas reações. Um problema não pode ser resolvido a partir do mesmo estado emocional em que foi criado.

É justamente porque o tempo tem o poder de nos distrair que alguns instantes de respiro podem ser preciosos para que possamos criar espaço entre a resposta emocional que uma situação desperta e a nossa forma de interpretar, reagir e armazená-la.

Para existir cura, precisa existir disponibilidade para autorrevisão, precisa haver atenção, honestidade, humildade e ação. A gente não muda porque o tempo passou. A gente muda porque nossas crenças se transformam, porque nossa visão sobre nós mesmos fica mais acurada, porque expandimos nossa consciência sobre a vida e porque nossas condutas acompanham essa expansão.

Podemos continuar depositando nossas questões na conta do tempo desde que saibamos que, ao fazermos isso, estamos escolhendo nos distrair, e não nos transformar.

E o que sobra desse ensinamento? É que a vida é surpreendentemente curiosa, e nem tudo conseguiremos entender, tanto faz, o que importa é estarmos atentos e dispostos a agir, pois o movimento é o que dá tom à nossa existência cheia de curvas sinuosas, caminhos estreitos, vias de mão dupla, mas nunca rua sem saída.

“Compositor de destinos… Tempo, tempo, tempo, tempo, entro num acordo contigo…Tempo, tempo, tempo, tempo… (Oração ao Tempo, Caetano Veloso)

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Hipnoterapia

Hipnose e Depressão

Muitas pessoas sofrem com depressão e os seus sintomas, uma doença grave que compromete a vida pessoal e profissional do paciente. Mas o que muitos não sabem é que existem tratamentos que vão além da psicoterapia convencional e dos medicamentos. A hipnose, por exemplo é uma alternativa muito eficaz para tratar a  depressão. Em diversos casos, ela pode ser mais rápida e eficaz, por isso ela é conhecida como terapia breve. Quer entender como essa técnica funciona e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto? Então, não deixe de continuar a leitura! Como funciona a hipnose? A hipnoterapia é uma modalidade terapêutica, regulamentada pelos conselhos federais de medicina, psicologia, odontologia, fisioterapia e terapia ocupacional. Apesar de não parecer, é uma técnica simples, que leva a um estado de relaxamento: é o chamado transe, um estágio entre o sono e a vigília. O que acontece no corpo é uma diminuição da frequência cerebral e o aumento da concentração focada. O paciente entra em um estado modificado da consciência. Durante esse período, o hipnoterapeuta acessa o subconsciente do paciente, fazendo com que ele tenha percepções diferentes de eventuais memórias traumáticas, ou gerando transes que aumentem a percepção sobre as possibilidades que pode gerar em sua vida. Quando acessa a memória passada, que muitas vezes é a origem do problema, tem-se a possibilidade de rever o fato e encontrar uma maneira de superá-lo, através de procedimentos e métodos que conduzem à ressignificação do trauma. O método é tão eficaz que as mudanças podem ser notadas já nas primeiras sessões. A hipnoterapia é uma modalidade terapêutica, regulamentada pelos conselhos federais de medicina, psicologia, odontologia, fisioterapia e terapia ocupacional. Apesar de não parecer, é uma técnica simples, que leva a um estado de relaxamento: é o chamado transe, um estágio entre o sono e a vigília. O que acontece no corpo é uma diminuição da frequência cerebral e o aumento da concentração focada. O paciente entra em um estado modificado da consciência. Durante esse período, o hipnoterapeuta acessa o subconsciente do paciente, fazendo com que ele tenha percepções diferentes de eventuais memórias traumáticas, ou gerando transes que aumentem a percepção sobre as possibilidades que pode gerar em sua vida. Quando acessa a memória passada, que muitas vezes é a origem do problema, tem-se a possibilidade de rever o fato e encontrar uma maneira de superá-lo, através de procedimentos e métodos que conduzem à ressignificação do trauma. O método é tão eficaz que as mudanças podem ser notadas já nas primeiras sessões. Quais são os mitos e as verdades sobre o assunto? No passado, a hipnose já foi vista como uma técnica fraudulenta, pois foi muito explorada por charlatães e ilusionistas. Tanto que, até hoje, alguns pacientes se mostram resistentes a essa prática. Abaixo alguns exemplos de mitos e verdades sobre a hipnose: Pessoas de qualquer sexo e idade podem ser hipnotizadas; O paciente não perde a consciência ou fala contra sua vontade durante o transe; O transe não é um sono profundo, mas sim um estado de relaxamento, apropriado para as mudanças que o cliente/paciente queira realizar em sua vida; É a própria pessoa que se hipnotiza: o hipnoterapeuta apenas orienta; Não é possível ficar “preso” na hipnose; Geralmente, o paciente se lembra de tudo o que disse durante a sessão. Quais benefícios a hipnoterapia traz? Apesar de a doença ser grave, o tratamento não necessariamente deve ser demorado ou complicado. E uma das grandes vantagens da hipnoterapia é a duração. Ou seja: a técnica tem obtido resultados muito positivos e em menos tempo do que outros tratamentos convencionais. Com a hipnose, muitas vezes, pode ser possível notar uma mudança completa com apenas 10 sessões. Um estudo da década de 1970, realizada pelo psicólogo norte-americano Alfred Barrios, constatou uma taxa de sucesso no tratamento com a hipnoterapia  de 93%  com um número médio de 6 sessões. A hipnose pode ser usada no tratamento de diversas doenças, traumas ou dificuldades, tais como: depressão; ansiedade; síndrome do pânico; fobias; dermatites; alcoolismo; tabagismo; estresse; rinite alérgica; obesidade; transtorno obsessivo compulsivo; síndrome do intestino irritável; distúrbios sexuais; dores crônicas; gagueira; falta de autoconhecimento; bloqueios de aprendizagem; falta de concentração; Quais benefícios a hipnoterapia traz? Apesar de a doença ser grave, o tratamento não necessariamente deve ser demorado ou complicado. E uma das grandes vantagens da hipnoterapia é a duração. Ou seja: a técnica tem obtido resultados muito positivos e em menos tempo do que outros tratamentos convencionais. Com a hipnose, muitas vezes, pode ser possível notar uma mudança completa com apenas 10 sessões. Um estudo da década de 1970, realizada pelo psicólogo norte-americano Alfred Barrios, constatou uma taxa de sucesso no tratamento com a hipnoterapia  de 93%  com um número médio de 6 sessões. A hipnose pode ser usada no tratamento de diversas doenças, traumas ou dificuldades, tais como: depressão; ansiedade; síndrome do pânico; fobias; dermatites; alcoolismo; tabagismo; estresse; rinite alérgica; obesidade; transtorno obsessivo compulsivo; síndrome do intestino irritável; distúrbios sexuais; dores crônicas; gagueira; falta de autoconhecimento; bloqueios de aprendizagem; falta de concentração;   Como usar a hipnose para tratar a depressão? A depressão pode ocorrer devido a alterações neuroquímicas no cérebro. Trata-se de uma doença que vem acompanhada de diversos sentimentos, sensações e emoções, como a tristeza, a impotência e a falta de vontade. A autoestima fica baixa, a pessoa se sente muda o seu humor e, normalmente, busca o isolamento. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar delírios, alucinações e até pensamentos suicidas. Dificilmente uma pessoa vai conseguir reverter esse quadro sem a ajuda de um profissional. Por isso, geralmente, o tratamento é necessário. E, mesmo que haja a indicação do uso de medicamentos, a hipnose pode ser realizada conjuntamente e atuar como uma aliada no processo de recuperação. Por meio dela, o paciente analisará seus medos e/ou dificuldades de forma mais clara. É possível descobrir as causas da depressão e agir diretamente no problema. Depois que forem entendidas e trabalhadas, essas razões deixam de existir. Nesse momento, os hormônios começam a voltar ao normal e a mente torna a agir de forma mais equilibrada. O paciente também é incentivado a observar seu lado positivo e a analisar suas qualidades, mudando a forma como encara a vida e

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Psicologia

Psicologia: Da etimologia à modernidade.

  A Psicologia é derivada de palavras gregas que significam “estudo da mente ou da alma”. Hoje em dia é comumente definida como a ciência que estuda o comportamento humano. Os profissionais desta área estudam os mais variados temas do comportamento humano, tais como o desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal, o tratamento do comportamento anormal, as influências sociais, o comportamento social, etc.   Aplicações da Psicologia A psicologia é frequentemente aplicada na indústria, na educação, na engenharia, na saúde, em assuntos de consumo e em muitas outras áreas. Você é um profissional da área da saúde e, portanto, lidará com pessoas e irá se interagir com o ser humano. O profissional de saúde deve sentir-se bem consigo mesmo se pretende fazer alguém sentir-se bem. Ele não é um robô, nem tampouco o são as pessoas com quem trabalham pacientes, médicos, supervisores, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e familiares dos pacientes, cada um é um ser humano, semelhante e ao mesmo tempo diferente dos demais seres humanos.   Psicologia do senso comum O conhecimento do senso comum é intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros. É um conhecimento importante porque sem ele a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. O senso comum é o tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano.   Psicologia como ciência A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e técnicas bem raciocinadas para verificar seus princípios. Quando buscamos definir, descrever e prever comportamentos estamos fazendo ciência. São observações sistematizadas, conhecimento metodológico, experimentado, testado, comprovado.   Características que descrevem a Psicologia como ciência:   Objeto específico de estudo = homem (no sentido mais amplo). Linguagem precisa e rigorosa = não utiliza termos do senso comum sem preocupação conceitual. Métodos e técnicas específicas = entrevistas estruturais, testes, técnicas de terapia. Processo cumulativo do conhecimento = Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Objetividade = possibilidade de verificação com o máximo de isenção de emoção possível.     Áreas da Psicologia Psicologia Biológica; Psicologia Experimental; Psicologia Social; Psicologia Clínica; Psicologia Escolar ; Psicologia Organizacional; Psicologia da Saúde e Hospitalar.   Psicologia Biológica O estudo do comportamento humano pela Psicologia deparou com muitas questões polêmicas sobre a determinação biológica do comporta­mento. Quais as relações entre nossa fisiologia e nosso comportamento? Como o ambiente influi em nosso organismo? Quais os aspectos de nos­so psiquismo que estariam determinados geneticamente? Haveria uma determinação genética para os comportamentos? A Psicologia não poderia responder a essas questões, se não aliasse seus estudos aos da Biologia. Assim, a Psicobiologia é uma área de pesquisa comum às duas ciências, que procura desenvolver o conhecimento sobre as bases biológicas do comportamento. Dentre os vários temas estudados pela Psicobiologia, podemos des­tacar a aprendizagem, a estimulação sensorial, os estados psicológicos, as drogas e as doenças mentais.   Psicologia Experimental Segundo estudiosos, a Psicologia experimental é uma área científica que estuda a mente por meio da experimentação. Logo, avalia as questões da psique humana através da manipulação, observação e anotação das variáveis que influenciam as pessoas. O que difere essa área de estudo das outras é a sua especificidade metodológica. Ou seja, o suporte que a área recebe por meio de experimentos com o intuito de validar ou não teorias científicas. Outras vertentes psicológicas utilizam o método da experimentação para confirmarem os seus métodos de trabalho. Psicologia Social Psicologia social é um ramo de estudo da psicologia que se foca na análise do comportamento do indivíduo perante as suas relações sociais. A psicologia social é uma área que se encontra no limite entre a psicologia e a sociologia, de acordo com alguns teóricos. Na realidade, o ponto que diferencia ambas é o fato do objeto de estudo da psicologia se focar no indivíduo, enquanto que a sociologia se concentra no grupo social.   Psicologia Clínica Psicologia clínica é a área da psicologia dedicada ao estudo dos distúrbios mentais, seus sintomas, causas, tratamentos e intervenções psíquicas. O escopo da psicologia clínica engloba todas as idades, múltiplas diversidades e sistemas variados. A Psicologia Clínica é então uma das áreas que os psicólogos atuam e que sofre mudanças ao longo do tempo. A clínica psicológica se caracteriza não pelo local em que se realiza – o consultório -, como antigamente, mas pela qualidade da escuta e da acolhida que se oferece ao sujeito. Por isso, atualmente, já existem diversas plataformas que oferecem atendimentos psicológicos on-line.   Psicologia Escolar A Psicologia Escolar é o campo da psicologia que se articula com a área da educação para proporcionar melhorias nos ambientes educacionais. Inicialmente, essa relação psicologia-educação possuía uma forte tendência em corrigir determinados problemas de aprendizagem do aluno a adaptá-lo à escola. A partir do desenvolvimento da psicologia enquanto ciência, novos estudos foram realizados e verificou-se uma necessidade de mudança da forma como a área estava inserida nas escolas.    A psicologia escolar passou por uma revisão e atualmente busca incluir em suas análises fatores que vão além dos aspectos individuais, familiares e psico-afetivos. Dessa forma, a área tem contribuído de forma significativa para melhorar o desempenho dos alunos, proporcionar um ambiente escolar saudável para estudantes, professores e funcionários, além de ser importante para promoção do desenvolvimento e aprendizagem.    Psicologia Organizacional A Psicologia Organizacional trata do universo da psicologia, trabalho, organização e pessoas, e a relação estabelecida entre eles. O Psicólogo Organizacional se tornou mais um agente de transformação dos contextos organizacionais. Lidar de forma acurada com seres humanos, seus problemas e conflitos dentro de uma organização exige alguns conhecimentos específicos. Cuidar dessas questões e trabalhar para que haja o pleno desenvolvimento das pessoas e a harmonia no ambiente de trabalho são algumas das funções da Psicologia Empresarial. Psicologia da Saúde A Psicologia da Saúde é uma especialidade psicológica bem recente, constituindo uma disciplina que visa melhor entender as questões relativas à saúde. 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